18-10-2024
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A FNE e a Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET) organizaram o webinário “Não seja uma vítima - Seja mais esperto do que um hacker”, que promoveu os conhecimentos e ferramentas de que necessitamos para nos protegermos dos cibercriminosos e aumentarmos a literacia sobre o tema da cibersegurança.
O webinário serviu também como alerta para o mundo da Engenharia Social, onde são utilizadas táticas de manipulação inteligentes, que violam as defesas de segurança do utilizador.
Esta iniciativa contou com o Professor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa, Luís Borges Gouveia como orador convidado, para uma conversa moderada por Pedro Brandão, Secretário-Nacional Avocado da FNE, e esteve englobada no Mês Europeu da Cibersegurança, que se celebra anualmente durante o mês de outubro.
O objetivo desta data é sensibilizar para as ameaças à segurança digital, promover a mesma entre os cidadãos e as organizações, fornecendo-lhes, através da educação e da partilha de boas práticas, informações sobre a forma de se protegerem em linha.
Luís Borges Gouveia, conhecido e reconhecido académico e Auditor de Defesa Nacional desde 2007, trouxe inicialmente a apresentação de conceitos e práticas de cibersegurança nas atividades do dia-a-dia e a definição daquele que é o "peão" principal na quebra da segurança online: o hacker.
O orador deixou explícito que nem sempre esse "pirata informático" pode ter má intenção, visto na sua génese o hacker ser "uma pessoa que se dedica de forma apaixonada e intensa a solucionar problemas e criar soluções que envolvem a tecnologia, computação e informática". Mas as mudanças sociais e as oportunidades acabaram por mudar a "ideia de missão" e "mostrar que nenhum de nós está isento de poder ser apanhado".
Para este Professor Catedrático "o mundo digital coloca-nos a todos como alvos destes hackers, a nossa identidade está sempre exposta e são precisas cada vez mais ferramentas para proteger os nossos dados e ativos digitais". E o mundo da educação e das escolas não escapa a estes perigos. Para Luís Borges Gouveia "no caso das escolas e dos professores deve existir proteção redobrada por toda a informação que partilham, ao nível dos dados pessoais dos alunos, das notas, dos exames".
Quanto aos maiores perigos identificados no dia-a-dia, o Phishing destaca-se de todos os outros, pois é neste momento aquele que mais facilmente ataca as pessoas. Por isso é necessário um incremento na educação de cibersegurança, identificando as ameaças e as vulnerabilidades, de forma que se minimizem riscos e se evitem burlas por mbway ou whatsapp, hoje tão em voga.
Na verdade, é por vezes fácil apanhar cidadãos desprevenidos, percebendo ainda os desafios que a Inteligência Artificial já começa a trazer e que já provoca, em vários graus de ensino, procedimentos mais cautelosos nos processos pedagógicos e de avaliação.
Antes do encerramento deste webinário ainda se seguiu um período de debate e resposta a questões colocadas pelas cerca de duas centenas de participantes, que acompanharam mais esta ação online da FNE/AFIET.
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