A OCDE divulgou, em 13 de novembro de 2024, o quinto e último volume do PISA 2022, intitulado Estratégias de aprendizagem e atitudes para a vida. O documento analisa a preparação dos alunos para se envolverem em estratégias de aprendizagem, para se sentirem motivados para aprender e para terem confiança nas suas capacidades e na sua capacidade de melhorar as suas competências e conhecimentos.
Países como a Coreia reduziram a ansiedade em relação à matemática, Portugal destaca-se no pensamento crítico e mais alunos com baixo desempenho na Costa Rica e nos Estados Unidos conseguem avaliar eficazmente a informação online. Num item referente às principais estratégias de aprendizagem / pensamento crítico, 80% dos alunos portugueses responderam que “tento considerar a perspetiva de todos antes de tomar uma posição”.
No entanto, muitos alunos dos países e economias do PISA continuam a ter problemas de motivação, ansiedade e confiança nas suas capacidades de aprendizagem autónoma. As disparidades socioeconómicas persistem, afetando tanto as estratégias de aprendizagem como a autoconfiança. Estas conclusões sublinham a necessidade de intervenções específicas para promover a motivação e as competências de Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) de todos os alunos, em especial dos alunos desfavorecidos e com fraco desempenho escolar.
Este volume final do PISA 2022 é estruturado em três vertentes principais: analisa profundamente um dos aspetos mais críticos da educação moderna: a preparação dos alunos para a aprendizagem ao longo da vida; explora a forma como os sistemas educativos preparam os alunos para navegar e prosperar num futuro imprevisível, concentrando-se nas suas estratégias de aprendizagem, motivação e autoconfiança; e por fim investiga o papel do contexto socioeconómico, do género e do apoio que os alunos recebem dos pais e dos professores na formação da sua preparação para uma aprendizagem sustentada ao longo da vida.
O relatório recomenda cinco ações políticas aos governos: avaliar as necessidades dos alunos e proporcionar caminhos adaptados para todos; aumentar a equidade na aprendizagem com apoio personalizado; promover a literacia digital para avaliar a informação online; reforçar o apoio dos professores à autonomia dos alunos na aprendizagem; e melhorar a equidade através de apoio socioeconómico direcionado em estratégias de aprendizagem.