Sindicatos de todo o mundo exigem Educação de qualidade

25-11-2014

 Sindicatos de todo o mundo exigem Educação de qualidade

Sindicatos de todo o mundo exigem Educação de qualidade

Estão a realizar-se em Viena, desde ontem e até ao dia 27 de novembro, várias reuniões de dirigentes sindicais de todo o mundo.

A primeira iniciativa foi a conferência sindical mundial com o tema "Uma educação para a infância de alta qualidade", que foi promovida pela Internacional da Educação, e que decorreu desde ontem e até ao fim da manhã de hoje, 25 de novembro. Aqui, a afirmação permanente foi a da importância do investimento na educação para a infância como fator essencial para percursos educativos de qualidade e para países mais desenvolvidos.

Estiveram presentes 119 delegados de 44 países de todo o mundo, tendo a FNE sido representada pelo secretário-geral João Dias da Silva e pela vice secretária geral Lucinda Manuela Dâmaso.

O segundo período de trabalhos, que funcionou durante a manhã de hoje - 25 de novembro - foi dedicado ao debate sobre as diretivas da OIT para a promoção do trabalho digno dos trabalhadores da educação para a infância.

Esta conferência identificou um conjunto de preocupações e de orientações para a ação sindical para este setor. Entre elas, a exigência de altos níveis de formação inicial e contínua dos educadores de infância, bem como a imposição de carreiras atrativas e valorizadas, e de condições de trabalho dignas e adequadas às exigências específicas. Foi sublinhada ainda a importância de ser promovida investigação nesta área que sirva para continuar a sustentar a importância da educação para a infância desde o mais cedo possível, pública e gratuita.

A tarde do segundo dia de trabalhos iniciou-se com uma oficina sobre a crise económica, financeira e social na Europa e as respostas dos sindicatos da educação, tendo participado cerca de meia centena de representantes de várias organizações sindicais. Os trabalhos concretizaram-se num painel em que intervieram representantes de sindicatos de Portugal, Lituânia, Grécia, Bulgária, Espanha e Irlanda, sendo o representante português o secretário-geral da FNE. Cada um dos membros do painel fez uma exposição sobre as características da crise no seu país, com particular incidência sobre a área da educação, e sobre as estratégias de ação sindical que estão a desenvolver.

As sucessivas intervenções expuseram muito sucintamente a diversidade de situações em presença, tendo sido assinalada a necessidade de a ação sindical conjugar as dimensões de luta e de negociação, para além de ter tido relevância a aposta na melhoria da imagem social dos professores e na promoção de iniciativas que envolvam outros atores, nomeadamente os pais e os alunos.