26-4-2017
Relacionados
Na realidade, a guerra na Síria está na primeira página dos jornais há seis anos, temos testemunhado o drama dos que fogem e os longos invernos em barracas de campos de refugiados, mas pouco ou nada nos é dito sobre o destino das crianças refugiadas nos países de acolhimento, quando o assunto é o seu direito à educação.
O presente estudo examina a situação de 900 mil crianças refugiadas sírias que estão fora da escola nos países de acolhimento, com taxas de matrícula que variam de 70 % na Jordânia a 40 % no Líbano e 39 % na Turquia. Os prestadores privados de educação estão ativamente envolvidos neste espaço, mas pouco se sabe sobre o alcance e os objetivos do seu crescente envolvimento.
Menashy e Zakharia destacam um aumento de atores privados no Médio Oriente, referindo 144 não-estatais na Jordânia, Líbano e Turquia, incluindo 46 empresas e 15 fundações, a maioria com sede no hemisfério norte e 61 % sem a educação como seu principal objeto. O estudo revela uma inadequada comunicação entre os atores privados e o Estado e uma ênfase dos primeiros nas TIC, num contexto de elevada escassez de recursos, infraestruturas e das ferramentas mais básicas na educação.
Neste sentido, os governos são aconselhados a procurar e considerar a voz especialista dos professores e dos seus sindicatos, para garantir que as intervenções sejam contextualizadas e apropriadas para a realidade do contexto educativo das crianças refugiadas.
Este estudo sublinha a incontestável obrigação de todos os governos de assegurar o respeito dos direitos de todas as crianças a uma educação pública gratuita de qualidade, inclusiva e equitativa.
Categorias
Destaques