8-7-2017
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Segundo explicou à Lusa José Gaspar, presidente do SDPA, a decisão de avançar com a queixa à Provedoria da Justiça foi tomada hoje numa reunião plenária que está a decorrer no NONAGON - Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, e que reúne 52 dirigentes sindicais de várias ilhas dos Açores.
"Vamos formalizar no início da próxima semana essa queixa à Provedoria da Justiça, porque entendemos que o princípio da equidade, previsto na Constituição Portuguesa, está ferido no diploma regional" que estabelece o regime de transição da anterior para a nova estrutura da carreira docente, justificou o dirigente sindical.
O SDPA invoca a "inconstitucionalidade das normas" aprovadas no decreto legislativo regional n.º 25/2015/A, de 17 de dezembro, respeitantes ao processo de transição dos professores e educadores de infância para a nova estrutura da carreira docente nos Açores.
No entender de José Gaspar, da aplicação destas normas resulta a promoção de situações que configuram "indícios de discriminação e de iniquidade" entre os docentes integrados nos quadros das escolas na dependência do Governo Regional dos Açores.
Já na sexta-feira, o SDPA tinha lançado uma petição pública a alertar para a "discriminação" e "prejuízo" resultantes da concretização do processo de transição para a nova estrutura da carreira docente na região.
"Esta petição vai no sentido de voltar a devolver à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores a apreciação destas normas. O sindicato reivindica a revisão destas normas para que se consiga ter um tratamento de igualdade numa carreira de 34 anos de progressão", explicou, na altura, o José Gaspar.
Contactada pela Lusa, a Secretaria Regional da Educação e Cultura não se quis pronunciar, para já, sobre esta iniciativa do sindicato.
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