Hoje, mais do que nunca, existe uma opinião unânime na sociedade portuguesa no que diz respeito à crescente degradação das condições em que os trabalhadores não docentes desempenham as suas funções nos estabelecimentos de ensino público, com vários fatores a contribuírem para uma situação que está a tornar?se cada vez mais insustentável.
Não é aceitável que trabalhadores que contactam diariamente com as nossas crianças, com os nossos jovens, respetivos pais e encarregados de educação, que são muitas vezes os rostos mais visíveis das escolas, com funções cuja importância é tantas vezes descurada, tenham de recorrer à
greve na tentativa de serem respeitados enquanto trabalhadores,
levando dessa forma o Governo a dar passos decisivos para a negociação de carreiras dignas, tendo em conta a especificidade das funções desempenhadas.
Perante esta situação, na próxima sexta-feira, 3 de fevereiro, um grande número de escolas públicas deverá estar encerrada, esperando os trabalhadores que a sua luta tenha o apoio e a compreensão, não só dos pais e encarregados de educação dos alunos, como também dos docentes, uma vez que todos queremos ver resolvidos os problemas que hoje afetam os trabalhadores não docentes, defendendo dessa forma o ensino público, as nossas crianças e os nossos jovens.
Neste contexto, é particularmente urgente resolver os problemas relacionados com a escassez de recursos humanos generalizada, com a necessidade de proceder à integração dos milhares de trabalhadores precários e com o descongelamento e a negociação de carreiras dignas. A LUTA DOS TRABALHADORES NÃO DOCENTES É JUSTA!
PELA DIGNIFICAÇÃO DAS CARREIRAS!
PELA DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!
Lisboa, 01 de fevereiro de 2017