Reuniões paralelas à conferência do CSEE tratam questões importantes da Educação

Reuniões paralelas à conferência do CSEE tratam questões importantes da Educação

No âmbito da Conferência Regional do CSEE com o tema “Promover o Setor Público de Educação em Tempo de Austeridade”, que está a ser acompanhada pelos dirigentes Maria Arminda Bragança e Alexandre Dias da FNE, em Budapeste, realizaram-se duas reuniões temáticas que antecederam os trabalhos da conferência: uma do Comité das Mulheres, a outra do Núcleo do Ensino Superior.
A reunião de trabalho do ensino superior centrou-se nas possibilidades de evoluir neste contexto de crise financeira e neste modelo neoliberal tendo-se concluído que estamos relativamente atrasados face a outras zonas em termos de desenvolvimento tecnológico e humano. A tónica do debate centrou-se na necessidade de investir na educação como a forma mais eficaz para gerar o desenvolvimento e a inovação preconizados pela estratégia europeia 2020, que deve ser acompanhada pelo conhecimento científico e pela qualificação dos europeus.

O ensino superior tem um valor acrescentado reconhecido internacionalmente e deve ser entendido como uma possibilidade única de atratividade da Europa face a outras regiões do globo. No entanto, assistimos a um processo de aposentação da geração baby boom, acompanhada de medidas constantes de precarização das condições de trabalho, das relações sociais, e do modelo social europeu. Um claro desrespeito pela lei do trabalho, pelo diálogo social e pela segurança no emprego.
Outro tema central da reunião foi o Processo de Bolonha e as suas implicações na estrutura e organização das universidades. A Comissão Europeia evidenciou a necessidade de trabalhar mais no terreno e na implementação do processo de forma a homogeneizar e validar competências ao nível europeu.
Na conferência foi apresentada uma moção relativa ao tema que será posteriormente divulgada.

Reunião do Comité das Mulheres

A abertura foi feita pelo Presidente Ronnie Smith que destacou o facto de pela primeira vez o CSEE ter uma mulher como Presidente. Seguiram-se pequenas apresentações de mulheres que serão candidatas a diversos lugares na estrutura europeia.
Odile Cordelier, vice-presidente do CSEE, fez uma breve intervenção sobre o Relatório de Actividades de 2010-2012 focando o impacto da crise económica nas mulheres e nas questões da igualdade de género, a reconciliação do trabalho com as responsabilidades familiares e sindicais, a igualdade de género e a não discriminação nos sindicatos e nas escolas.
Seguiu-se a intervenção de Haldis Holst, Secretária Geral Adjunta da Internacional da Educação que focou o impacto da crise económica nos salários e pensões das mulheres bem como o seu efeito nas questões ligadas às migrações, minorias étnicas e racismo.
Monika Konczyk, vice-presidente do CSEE , Rosella Benedetti e Dorota Obidniak, membros do Grupo de Trabalho da Igualdade fizeram breves intervenções sobre a violência contra as mulheres e os seus direitos no local de trabalho, como promover o equilíbrio entre o trabalho, a família e a vida privada e ainda eliminar a desigualdade de género na representação nos órgãos de decisão.

Seguiu-se um debate muito vivo sobre todas as questões levantadas pelas diferentes exposições.