FNE/FESAP: Vigília pela justiça salarial e pelo direito de todos os trabalhadores da Administração Pública à progressão na carreira

14-3-2019

FNE/FESAP: Vigília pela justiça salarial e pelo direito de todos os trabalhadores da Administração Pública à progressão na carreira

Dirigentes sindicais da Federação Nacional de Educação (FNE) e da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) estiveram ontem concentrados numa vigília junto à residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento, Lisboa, onde entregaram uma carta dirigida a António Costa, na qual reforçavam as reivindicações que estiveram na base da convocação da Greve Nacional dos dias 14 e 15 de fevereiro de 2019 e que continuam por ser atendidas.

A FNE e a FESAP procuraram com esta ação chamar a atenção ao Governo para a necessidade de adoção de políticas concretas de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, que reconheçam a sua importância na prestação de serviços públicos de qualidade aos cidadãos, pois é com apreensão que verificam que foram poucos os avanços verificados relativamente às razões que motivaram os trabalhadores a utilizarem a greve como forma de protesto.

É inaceitável para a FNE e para a FESAP que a negociação coletiva na Administração Pública se mantenha inerte e com esta carta pretenderam demonstrar a total disponibilidade dos Sindicatos das duas federações para desenvolverem processos negociais com resultados, retirando o protagonismo negocial de sedes que não são as próprias e recolocando-o nos sindicatos enquanto legítimos representantes dos trabalhadores.

Apelou-se então ao primeiro-ministro e demais membros do Governo para que, pela via negocial, trabalhem com as organizações sindicais no sentido da reposição da justiça salarial, do respeito do direito à carreira de todos os trabalhadores, convictos de que é esse o caminho a seguir para cativar e reter a competência na Administração Pública e, assim, promover a melhoria dos serviços públicos prestados aos cidadãos.

A FNE quis ainda nesta iniciativa mostrar a preocupação com a situação da generalidade dos trabalhadores da administração pública, reforçando que os trabalhadores não docentes têm sido maltratados e esquecidos pelo Governo, quer em termos salariais, quer nas insuficiências apresentadas nas escolas.