29-12-2021
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Terminamos agora o ano de 2021.
Todos desejávamos que fosse o ano em que nos libertávamos da pandemia.
Mas, na realidade, o que acontece hoje é que nos estamos a preparar para entrar em 2022, ainda com muitas incertezas e inseguranças, nomeadamente sobre a existência de condições efetivas para regressarmos às escolas.
Pela nossa parte, e embora preferindo que o ensino presencial seja uma realidade, assumimos claramente a necessidade de afirmar que o regresso ao ensino presencial só deve ocorrer quando estiverem reunidas condições de saúde e de segurança para todos.
Será da responsabilidade das autoridades de saúde a determinação da data em que deve ocorrer esse regresso à atividade letiva presencial.
Para essa ocasião, é indispensável que da parte da comunidade científica e das autoridades de saúde haja a disponibilização de toda a informação relevante, e com o máximo de clareza.
É preciso garantir que, com respeito pelas normas para os prazos de aplicação, se efetive a vacinação de todos os membros das nossas comunidades escolares.
Mas é preciso promover também que, quando se retomar a atividade letiva presencial, se dinamizem processos sucessivos de testagem que permitam identificar rapidamente as situações de infeção e que se adotem medidas claras e coerentes para o seu enquadramento.
Nestas circunstâncias, nada é pior do que a falta de informação, a falta de clareza ou a falta de coerência.
O ano que agora acaba voltou a assinalar como os profissionais da Educação se distinguem na resposta social que é essencial que seja dada à crise sanitária que vivemos.
Fomos nós, na Educação, quem esteve sempre ativo para que se garantisse um serviço de educação e formação de qualidade, quer presencialmente, quer a distância.
Esta resposta educativa foi dada nas mais difíceis circunstâncias, e com um custo pessoal elevadíssimo, porque foi preciso planear e intervir para chegar a muitas crianças e jovens que não tiveram acesso à Internet, em casa.
Porque foi preciso trabalhar em simultâneo com alunos em sala de aula e alunos em casa, porque confinados;
porque foi preciso ultrapassar insuficiências de acesso à rede em muitas das nossas escolas;
porque foi preciso estudar e procurar soluções de emergência e de recurso.
É preciso que se tirem lições deste ano de 2021 que agora está a terminar.
É preciso que não se voltem a repetir os erros.
Os educadores e professores portugueses precisam de mais do que palavras bonitas.
Os nossos alunos precisam de mais do que promessas de computadores para cada um deles.
São necessárias mudanças estruturais que garantam melhores condições para todos nas nossas escolas, para que se respeitem os profissionais que nelas trabalham.
Da nossa parte não falta determinação para este desafio.
Bom Ano de 2022
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