FNE apresenta Campanha de Saúde. Stress, problemas da voz e lesões músculo-esqueléticas são as áreas abrangidas

A natureza e a organização do trabalho nas escolas têm vindo a ser identificados como razões essenciais de redução da qualidade das condições de trabalho, quer para docentes, quer para não docentes. As exigências são muitas e diárias. Em Portugal, estudos recentes revelam que 30% dos docentes têm níveis elevados de burnout e 20% apresentam níveis médios.

No caso dos docentes, a dimensão da sua insatisfação deve-se em grande parte à desvalorização do papel docente, que é causa e consequência de grande precariedade nas condições de trabalho de tais profissionais.

Também em relação aos trabalhadores não docentes das nossas escolas têm sido identificadas cada vez mais situações de stress, em função das exigências que as novas realidades do trabalho em contexto escolar lhes provocam.

Relativamente à voz, a prevalência de problemas entre os professores é elevada; os dados foram revelados após um rastreio efetuado pelo Sindicato dos Professores da Zona Norte no âmbito da Campanha Defende a Tua Voz. 85% dos professores nunca tiveram treino vocal e verificou-se uma prevalência de perturbação vocal profissional que ronda os 37%. O impacto económico dos problemas da voz está avaliado numa quantia superior a 4 500 milhões de euros.

No sentido de intervir junto dos profissionais e de alertar o Governo para a necessidade de criar mecanismos de proteção destes trabalhadores, a FNE vai lançar uma campanha nacional e a iniciativa irá realizar - se na próxima quarta-feira, dia 13 de maio, pelas 10h00, nas instalações da FNE, Escadinhas da Praia, nº 2, em Lisboa.

Nesta iniciativa, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva irá apresentar os fundamentos, objetivos e plano de ação da campanha.