A FNE, no âmbito de uma Frente Sindical da UGT (FSUGT), assinou esta manhã, no Porto, um acordo FNE/FSUGT com a CNIS (Confederação representativa das Instituições Particulares de Solidariedade Social - IPSS), que assegura ganhos positivos para a generalidade de todos aqueles que se entregam à causa do setor social e solidário.
Cerca de 70.000 trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) vão ver valorizadas nas suas remunerações em 3,75%, afirmou o Secretário-Geral Adjunto da FNE, José Ricardo Coelho à Agência LUSA: “Tem a ver com a revisão do contrato coletivo de trabalho para as IPSS. Este setor da economia social envolve cerca de quatro mil empregadores e cerca de 70 mil trabalhadores docentes e não docentes”.
O acordo, considera a FNE, deverá assegurar “ganhos positivos para a generalidade de todos aqueles que se entregam à causa do setor social e solidário”. “Foi um acordo que também valoriza o trabalho dos trabalhadores docentes e não docentes. Podemos adiantar que esta valorização das remunerações para os trabalhadores não docentes tem aqui uma valorização de 5,71% sobre as remunerações de 2023”, salientou José Ricardo Coelho que sublinhou ainda que “não foi um acordo fácil. Estamos a negociar a revisão do contrato coletivo de trabalho desde novembro passado, já lá vão cerca de quatro meses”.
As remunerações e as restantes matérias pecuniárias têm efeitos retroativos a 01 de janeiro deste ano com a Frente Sindical a destacar ainda que “foi ainda alcançada uma nova vitória”, com o incremento de mais uma diuturnidade no tempo de serviço prestado.
De acordo com a FNE, trata-se de um aspeto positivo de reconhecimento da experiência profissional associada à antiguidade do trabalhador.
“A FNE não esconde a dificuldade que, ano após ano, sente quando negoceia com o setor social matérias de ordem pecuniária, muito por causa dos apoios que estão subjacentes por parte do Estado, para este setor da economia social”, lamentou.