Poucos dias após o inaceitável ataque militar de Putin à Ucrânia, a situação está continuamente a deteriorar-se com a devastação no país, milhares de vítimas entre civis e forças militares, centenas de milhares de refugiados deslocados no território ucraniano e atravessando as fronteiras para países vizinhos, em condições precárias e perigosas.
A Confederação Europeia de Sindicatos reitera a sua condenação do ataque, exige o fim imediato das operações militares, o abandono do país pelas tropas russas e o diálogo e conversações para a paz.
A CES exige que as instituições da União Europeia e os Estados-Membros:
. Aumentem a pressão sobre Putin e o seu governo através de todas as formas de sanções necessárias, dirigidas especificamente aos interesses e bens da liderança e das elites russas, e que sejam estendidas também à Bielorrússia pela sua participação na agressão militar à Ucrânia;
. Introduzam medidas de compensação e de abastecimento alternativo, com vista a reduzir os impactos negativos sobre as populações da UE e dos países vizinhos, incluindo a manutenção das medidas de emergência utilizadas pela UE, para fazer face ao surto de COVID-19;
. Prestem apoio militar defensivo imediato e ajuda financeira e humanitária à Ucrânia e à sua população;
. Criem corredores humanitários que permitam que os refugiados abandonem o país em segurança e organizem planos de acolhimento e de deslocalização na EU;
. Garantam a segurança e a proteção das fronteiras e das populações da UE e dos países vizinhos mais expostos às atuais e potenciais operações militares russas.
A CES tem-se mantido constantemente em contacto com os colegas sindicalistas ucranianos, no sentido de garantir a solidariedade e o apoio e, em coordenação com as suas filiais, a CSI e o PERC estão prontos para:
. Ativar as atividades de mobilização e de lobbying a todos os níveis para apoiar as exigências da CES e manter a pressão sobre as instituições da UE e sobre os governos nacionais.
. Prestar assistência financeira e humanitária à população ucraniana através dos sindicatos ucranianos.
. Ajudar a estabelecer corredores humanitários de apoio aos refugiados.
. Apoiar os sindicatos filiados da CES nos países da região mais expostos às consequências dos ataques russos.
A UGT Portugal respondeu nesta data ao apelo da CES, CSI e PERC – organizações sindicais internacionais – no sentido de apoiar a luta do povo Ucraniano na sua resposta ao invasor russo e transferiu a simbólica quantia de 5000,00 euros para a conta SOLIDARITY FUND FOR UKRAINE, que se destina a apoiar financeiramente o esforço da Confederação Ucraniana no auxílio aos trabalhadores e famílias refugiadas e na sua resistência à agressão de que o seu país foi alvo.
Esta resolução ontem aprovada na sessão plenária da CES teve 2 abstenções – uma confederação espanhola e a CGTP, que assim revela a sua recusa em alinhar com o sindicalismo democrático da CES, da CSI e da PERC.
A UGT estará na linha da frente pelo combate pela democracia sindical, pela liberdade e pela justiça, mas também pelo Estado de Direito, violado grosseiramente pela Rússia, pelos seus aliados e amigos, como também esta semana o PCP fez questão de vincar na condenação da Rússia pelo Parlamento Europeu, onde votou contra a Resolução.
Pela PAZ e contra a violência.
O Secretariado Executivo da UGT
Lisboa, 2 de março de 2022