A Federação Nacional da Educação (FNE) desconvocou a greve que tinha marcado para 05 e 12 de novembro, por considerar que o 'chumbo' do Orçamento do Estado para 2022 no parlamento fez cair a possibilidade de negociações com o Governo.
Reconhecendo que a possibilidade de dissolução da Assembleia da República retira margem para a reivindicação, articulada com a FESAP, os sindicatos da FNE prometeram retomar a luta noutro momento.
“A alteração do quadro político levou a esta decisão, mas os problemas mantêm-se e o compromisso da FNE com a luta por medidas urgentes que tornem a carreira atrativa e valorizada, pelo combate ao envelhecimento e promoção do rejuvenescimento de educadores e professores, tal como o desafio da plena dotação das escolas com funcionários não docentes, dos diplomas de concursos, do crescimento do investimento em Educação, assim como pela recuperação do tempo de serviço dos docentes, não vai parar”, avisou a estrutura sindical, em comunicado.
A FNE aguarda por “uma melhor oportunidade política” para retomar o diálogo em torno destes temas e para “uma verdadeira negociação” sobre os “graves problemas” dos trabalhadores da Educação.
“A seu tempo, a FNE anunciará um conjunto de iniciativas de protesto e luta no sentido do reconhecimento dos profissionais da Educação e da determinação de condições que promovam a qualidade das ofertas educativas”, avançou a federação.
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Lusa/fim