Ao fazer o balanço do primeiro dos quatro dias de greve que estão convocados para os dias 13, 14, 15 e 16 de março, a FNE regista positivamente e saúda o nível de adesão alcançado, quer no Continente, na região da Grande Lisboa, quer na Região Autónoma da Madeira, e tendo neste caso em atenção a especificidade do processo negocial que aí ocorre.
Se é certo que o número de estabelecimentos de ensino encerrados foi reduzido, a verdade é que o impacto da falta de muitos professores em greve transformou por completo a vida das escolas, devido ao número de aulas que não foram lecionadas.
Mesmo tendo em conta o facto de muitos docentes terem preferido não adotar o dia de hoje para estarem em greve, em função de agendamentos anteriores que eram inadiáveis, e que vão estar em greve num ou nos próximos dias, podemos verificar um elevado nível de adesão que o Governo não pode deixar de ter em linha de conta.
Este é um sinal claro que os docentes portugueses estão a dar ao Governo de que não permitirão que um só dia do tempo que esteve congelado possa ser esquecido neste processo. E, com a certeza ainda de que, se esta greve não for suficiente, não deixarão de adotar outras formas de contestação que visem atingir o objetivo justo de considerar a totalidade do tempo congelado para efeitos de progressão em carreira.
Porto, 13 de março de 2018