10-2-2017
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Começando por abordar as grandes mudanças na sociedade nos últimos quinze anos, Schleicher fez uma intervenção de fundo sobre os aspetos positivos e negativos de alguns sistemas educativos do mundo, sublinhando que os resultados do PISA "são fruto de um esforço coletivo" e que "mesmo os melhores exemplos, como o de Singapura, estão em constante renovação".
Para Schleicher, Portugal é um país de alto desempenho, mas de baixa equidade, o que acarreta elevados custos sociais. Nas suas palavras, "a pobreza não é um destino" e o nosso país tem que repensar a sua cultura de retenção e, sobretudo, "onde e em que investir em Educação".
Um especial relevo foi dada à importância dos professores e a oportunidades de um bom desenvolvimento do seu profissionalismo. "É preciso colocar uma motivação interna na profissão, através de Autonomia, Redes e Conhecimento", frisou o orador. "E os professores têm de ter feedback do seu trabalho", rematou.
O diretor da OCDE falava na abertura do seminário "PISA, Avaliação, Resultados, Desafios", organizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, e que decorreu no Auditório da Escola Secundária Camões, em Lisboa.
A seguir à intervenção de Andreas Schleicher houve lugar a um debate entre cinco ex-ministros da Educação: David Justino, Maria do Carmo Seabra, Maria de Lurdes Rodrigues, Isabel Alçada e Nuno Crato.
A moderação coube ao também ex-ministro da Educação Eduardo Marçal Grilo, para quem um dos grandes sucessos pelos recentes resultados de Portugal no PISA 2015 foi "a sociedade portuguesa ter assumido uma cultura de avaliação e de exigência".
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