As fontes da intolerância e a aprendizagem da tolerância vão estar em discussão no dia 12 de outubro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com sessões para professores e uma conferência por José Pacheco Pereira.
"De onde vem tanto mal?" é a questão central do encontro que vai reunir David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação, Rui Vieira Nery, musicólogo e historiador, e Joan Rivitz, consultora norte-americana na área da educação, entre outros.
A iniciativa é dirigida ao público, em geral, mas tem algumas sessões especialmente pensadas para professores, de acordo com o programa hoje divulgado pela Gulbenkian.
"Dois aspetos nos interessam: de onde vem a intolerância e como se pode, nas escolas, e nas sociedades, fortalecer a tolerância", afirma Pacheco Pereira, comissário da conferência, no documento de apresentação do evento.
Defende ainda que a escola e a sociedade "não podem aceitar a intolerância com passividade" porque uma cultura democrática é também uma cultura tolerante.
No entanto - prossegue - "a tolerância não é um bem adquirido e seguro. Tem que ser construída no dia-a-dia".
Marc Nichanian, filósofo e autor de obras sobre o holocausto e o genocídio arménio, vai apresentar estes casos com o enquadramento histórico e político.
O encerramento será feito por José Pacheco Pereira, com uma abordagem direta ao tema do momento: "A Europa e as suas fronteiras: a atual crise dos refugiados e a identidade da Europa".
O ex-presidente da UNESCO e professor de filosofia política Diogo Pires Aurélio vai responder a duas questões do quotidiano : "Nasce-se intolerante? O que é que nos faz intolerantes?".
As fontes da intolerância na religião judaico-cristã serão apresentadas pelo teólogo Anselmo Borges
O papa lamentou, numa mensagem hoje publicada, que os migrantes e refugiados não encontrem normas claras de acolhimento e integração nos países de chegada, que permitam respeitar os direitos e deveres de todos.
Mais de meio milhão de migrantes e refugiados entraram na Europa através do Mediterrâneo só este ano, tendo cerca de 3.000 desaparecido na travessia, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ANCUR).
Fonte Lusa
