Reunião negocial revelou falta de acordo com novo diploma de concursos

15-2-2023

Reunião negocial revelou falta de acordo com novo diploma de concursos
A FNE esteve esta tarde presente na reunião com o Ministério da Educação, em formato de mesa única e em que sindicatos e tutela discutiram mais uma vez um novo modelo de contratação e colocação de professores.

À saída da quinta ronda negocial no ministério, os sindicatos presentes revelaram que o Ministério da Educação pediu serviços mínimos para as greves nas escolas de 2 e 3 de março, algo que consideram ser “ilegal” e “indigno da democracia”.

Sobre as negociações que hoje foram retomadas, ficou a certeza que "tal como está o diploma não haverá acordo".

A quinta ronda negocial continua na sexta-feira, altura em que serão abordadas questões que não foram analisadas hoje, estando já agendadas novas reuniões para dia 23 de fevereiro, sendo que depois ainda se poderão realizar reuniões suplementares.

Hoje, as 12 estruturas sindicais começaram a analisar o novo documento, que contém muitos aspetos aos quais foram pedidos esclarecimentos, sendo dado como exemplo o facto de a proposta prever que os docentes que não estavam colocados a 31 de dezembro ficarem de fora das vinculações, mesmo quando têm “15 anos de serviço. O diploma dos concursos não corresponde ao que deve ser um diploma justo em que ninguém é ultrapassado pelos outros”.

Para os sindicatos presentes as questões em que mais se distanciam  do ministério ainda estão para vir, lembrando ainda que além do diploma agora em discussão, os professores “não vão abandonar as suas reivindicações” noutras matérias como a recuperação do tempo de serviço congelado, o fim das vagas e quotas de acesso ao 5º e 7º escalões ou os extensos horários de trabalho.

Mesmo que a proposta do ministério fosse “um documento extraordinário, o que não é”, enquanto a tutela não aceitar negociar as restantes matérias “não haverá documento que pare os professores”, sendo ainda sublinhado que os sindicatos não exigem que essas matérias sejam imediatamente negociadas, mas pedem que seja feita uma calendarização.

FNE/LUSA