"Modelo pode durar só o tempo de um governo" - Entrevista a João Dias da Silva

11-1-2016

CM - Como comenta o novo modelo de avaliação, que acaba com exames do 4º e 6º anos e introduz provas de aferição no 2º, 5º e 8º anos?
João Dias da Silva -
Criticamos que seja feito a meio do ano letivo. Qualquer alteração nesta área deveria envolver um compromisso político alargado. Mais uma vez temos um modelo que pode durar o tempo de um Governo e isto não dá confiança a alunos e docentes.

- E concretamente sobre as mudanças feitas?
- O fim do exame do 4º ano vem ao encontro do que a FNE sempre disse.
Também concordamos que as provas de aferição passem a ser universais e obrigatórias. No 6º ano poderia haver uma avaliação externa, mas não é por aí que criticamos o modelo. E acabou-se com a prova de Cambridge, mas falta saber o que vem a seguir para valorizar o inglês.

- Então concorda com as provas de aferição?
- Sim, mas deviam ter peso na classificação de 20 ou 25%, para dar um sinal mobilizador. Preocupa-nos é que com as provas se invente mais trabalho burocrático para os professores.