Apoios de deslocação - FNE não considera "valores suficientemente atrativos"

21-7-2025

Apoios de deslocação - FNE não considera
A FNE considerou hoje que a proposta de alteração ao apoio atribuído a professores deslocados, apresentada pelo Governo na reunião desta 2ª feira, 21 de julho, é insuficiente para atrair docentes para as zonas mais carenciadas e insistiu que a resolução do problema passa pela valorização da carreira.

Além do alargamento, a partir de setembro, a todos os docentes deslocados, independentemente de estarem ou não colocados numa escola considerada carenciada, a principal novidade é a introdução de uma majoração entre 15 e 50 euros para aqueles que lecionam nas zonas onde mais faltam professores.

À saída do encontro que aconteceu em Caparide, Manuel Teodósio, Vice SG da FNE reforçou que as medidas apresentadas são transitórias e, quanto à majoração, não verificam no valor atribuído um incentivo suficiente para que os professores optem, apenas por isso, pelas zonas onde fazem mais falta: "A compensação acaba por ser um pouco diluída. Não nos parece que sejam valores suficientemente atrativos para que os professores possam ir para esses QZP's", acrescentando que "a resolução definitiva deste problema é ter uma carreira atrativa".

De acordo com a proposta apresentada pelo Governo, os valores mantêm-se inalterados para a generalidade dos professores beneficiários: 150 euros para aqueles entre 70 e 200 quilómetros de casa, 300 euros para os docentes que estão entre 200 e 300 quilómetros e 450 euros para os que dão aulas a mais de 300 quilómetros da residência.

No entanto, e ao contrário do que previa o diploma aprovado pelo parlamento em março, o Governo introduz agora uma majoração para os professores que estejam a lecionar em escolas inseridas nas áreas geográficas de quadros de zona pedagógica considerados deficitários.

Nesses casos, os docentes vão receber mais 15 a 50 euros, dependendo da distância: 165 euros mensais se estiverem a menos de 200 quilómetros, 335 euros entre 200 e 300 quilómetros e 500 euros se a distância for superior a 300 quilómetros.

Consulte aqui a proposta do Ministério da Educação, Ciência e Inovação

A FNE irá enviar até a próxima sexta-feira a sua contraproposta ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

FNE/LUSA