FNE, integrada num conjunto alargado de Sindicatos da UGT, celebrou mais um Acordo de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho com a União das Mutualidades Portuguesas

24-3-2023

FNE, integrada num conjunto alargado de Sindicatos da UGT, celebrou mais um Acordo de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho com a União das Mutualidades Portuguesas

A cerimónia pública ocorreu ontem, dia 23 de março de 2023, em Esmoriz, após quatro meses de negociação coordenada pelo Vice-Secretário-Geral da FNE e Secretário Nacional da UGT, José Ricardo Coelho.

José Ricardo Coelho no seu discurso que decorreu durante a cerimónia da assinatura do Acordo salientou “as dificuldades que estiveram presentes até ao resultado final do acordo, mas que são próprias de um processo onde se cruzam, por um lado, com os interesses das entidades patronais sejam elas de cariz associativo ou empresarial e, por outro lado, as dificuldades que surgem do lado de quem representa os trabalhadores. Frisou que o importante é que o resultado final acomode almofadas suficientes de confiança e de conforto para justificar aos seus associados de ambas as partes envolvidas o produto final que resultou em acordo”.

O dirigente sindical da FNE e da UGT sublinhou ainda “que esta negociação se desenvolveu num contexto político e económico complexo marcado por uma guerra que inesperadamente assolou a Europa e o mundo, que acionou outros problemas como o galopante aumento da inflação e aumento das taxas e juro com consequência brutais para a economia das famílias e das empresas. Foi neste contexto difícil que se realizou esta negociação, mas com uma vontade enorme de encontrar soluções que permitissem o equilíbrio dos interesses da União das Mutualidades Portuguesas e das suas organizações e o interesses dos trabalhadores representados pelos seus sindicatos da UGT“.

José Ricardo acrescentou também que "houve uma preocupação presente nesta negociação e neste acordo, que foi atender a maiores valorizações salariais dos trabalhadores com salários mais baixos e aumentos mais modestos para salários que, achamos nós, possam suportar melhor este momento de crise inflacionista. E, dentro deste quadro referencial da política de aumentos salariais quisemos, também, dar cumprimento ao referencial de aumento salarial que foi decidido no âmbito do Acordo Tripartido de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade celebrado entre a UGT e os parceiros sociais em outubro de 2022".

O Coordenador da Frente de Sindicatos da UGT e Vice-Secretário-Geral da FNE terminou afirmando que "a concertação social só funciona se existirem relações de confiança e de compromisso, e é com base nestas duas premissas que, do nosso ponto de vista, os trabalhadores e a sociedade em geral podem aspirar, a padrões de desenvolvimento social e económico mais elevados. Para nós sindicatos da UGT o estabelecimento de padrões de confiança e de compromisso construídos de forma séria e de boa fé são a única via, para que uma sociedade possa sonhar com melhores condições de trabalho, melhores condições de vida, e em melhores condições de um exercício pleno da sua liberdade individual e coletiva".

Por último interveio o Secretário-Geral Adjunto da UGT, José Manuel Cordeiro, enfatizando os valores do sindicalismo pelos quais se guiam a UGT e todos os seus sindicatos, valores estes que estão sempre presentes na negociação coletiva e constituem pilares estruturantes da valorização da negociação coletiva e da valorização do trabalho e da melhoria das condições de vida dos trabalhadores portuguesas.


Porto, 23 de março de 2023



Fotos: União das Mutualidades Portuguesas