Alunos da Secundária de Carcavelos protestam contra falta de funcionários e testes surpresa

Os alunos da Escola Secundária de Carcavelos manifestaram-se hoje contra a falta de funcionários na escola e aplicação de testes surpresa, num protesto pouco expressivo, com cerca de 20 alunos e que durou apenas 15 minutos.

“Estamos a manifestar-nos contra os testes sem marcação e a pedir mais funcionários ao Ministério da Educação. Neste momento faltam 20 funcionários na escola e não há condições para garantir a segurança dos alunos”, afirmou à agência Lusa a presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Carcavelos, Joana Fernandes.

A representante dos alunos adiantou que os alunos querem ser ouvidos pela ministra da Educação e pelo diretor da escola para que respondam às exigências de melhores condições para os alunos.

“Estamos ainda a recolher assinaturas em abaixo-assinados sobre estes temas que pretendemos entregar ao Ministério da Educação”, conclui Joana Fernandes.

Também Luís Almeida, aluno do 12.º ano, mostrou-se solidário com os alunos e disse que é “inadmissível” a falta de funcionários na escola e a existência de testes surpresa que, disse, “mais não fazem do que contribuir para aumentar as negativas e baixar a média da escola”.

“A falta de funcionários degrada a qualidade dos serviços prestados pela escola, já que chegamos a ter casas de banho fechadas e o bar fechado no intervalo. Isto não pode ser permitido”, protestou.

Quanto aos testes surpresa, Luís Almeida disse que o regime está a ser praticado pela escola “contra o regulamento interno”.

A Escola Secundária de Carcavelos tem um total de 1.400 alunos do 5.º ao 12.º ano.

O protesto de hoje, convocado pela Associação de Estudantes, durou cerca de 15 minutos, uma limitação imposta pela direção da escola, que autorizou a manifestação apenas durante aquele período e no espaço exterior do estabelecimento.

Os alunos lamentaram ainda que o protesto não tivesse sido mais participado, apesar de ter sido divulgado por todas as escolas do concelho de Cascais.

“Muitos da nossa escola queriam estar aqui mas não podem porque têm aulas. Em relação às outras escolas, é pena que não se tivessem juntado a nós neste protesto”, disse Joana Fernandes.

Várias associações de estudantes de escolas secundárias de diversos pontos do país realizam hoje ações de protesto contra o desinvestimento no setor, a falta de pessoal auxiliar e a efetiva aplicação da educação sexual.

Fonte: Lusa