<![CDATA[Notícias]]> https://fne.pt Sat, 22 Nov 2025 03:35:53 +0000 Sat, 22 Nov 2025 03:35:53 +0000 (fne@fne.pt) fne@fne.pt Goweb_Rss http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss <![CDATA[Motivos da adesão à Greve Geral de 11 de dezembro de 2025]]> https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10841 https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10841

A FNE manifesta, antes de mais, perplexidade perante os motivos que levam o Governo a avançar, precisamente neste momento, com uma alteração tão profunda ao Código do Trabalho.
 
A vontade reformista não pode justificar-se por si própria, nem servir apenas para deixar uma marca política na agenda de um qualquer ministro. Uma reforma só se legitima quando é justificada, quando envolve verdadeiramente os parceiros sociais, quando é debatida com transparência e quando resulta de um processo negocial sério que permita, no final, afirmar que se obteve um diploma melhor, capaz de responder às necessidades do país, das empresas e dos trabalhadores. Infelizmente, nada disso aconteceu ao longo deste processo. E, assim, venha qual vier a ser o resultado final, dificilmente contribuirá para alcançar bons resultados ou para responder a objetivos que o Governo nunca explicou de forma clara.

É neste contexto que a FNE adere à Greve Geral, porque as alterações propostas representam um retrocesso profundo nos direitos laborais e sociais.

 

As principais razões são:

1.      Retrocesso nos direitos de parentalidade, incluindo a revogação da falta por luto gestacional, a redução de direitos do pai, o aumento da burocracia e a limitação do exercício conjunto de direitos parentais.

2.      Aumento da precariedade, com o alargamento da duração dos contratos a termo e a termo incerto, facilitação de renovações e redução das garantias dos trabalhadores.

3.      Menor conciliação entre vida profissional e familiar, ao impor horários flexíveis definidos pelo empregador, reduzindo a autonomia dos trabalhadores com responsabilidades familiares.

4.      Enfraquecimento das organizações sindicais, retirando direitos de ação sindical, limitando a contratação coletiva e aumentando o poder unilateral das entidades patronais.

5.      Restrição do direito à greve, através do alargamento excessivo dos serviços mínimos e da eliminação de mecanismos que protegiam os trabalhadores de abusos.

6.      Conjunto de outras perdas de direitos, como faltas não remuneradas, alterações desfavoráveis no banco de horas, na transmissão de estabelecimento e no regime de despedimento.

Perante este cenário de regressão laboral e social, e perante um processo legislativo que não respeitou o diálogo nem a negociação, a FNE considera a Greve Geral uma resposta necessária e responsável para defender os trabalhadores, as famílias e a qualidade da educação.


FNE, 19 de novembro de 2025

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Thu, 20 Nov 2025 00:00:00 +0000
<![CDATA[UGT entrega pré-aviso de greve (11 de dezembro)]]> https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10840 https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10840 O Secretário-Geral da FNE, Pedro Barreiros, marcou presença na entrega do pré-aviso de greve da UGT Portugal, esta manhã no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Consulte aqui o pré-aviso

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Thu, 20 Nov 2025 00:00:00 +0000
<![CDATA[FNE assina Protocolo Negocial do Estatuto da Carreira Docente com o MECI]]> https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10836 https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10836
A Federação Nacional da Educação (FNE) assinou esta tarde, 19 de novembro, com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), o Protocolo Negocial que irá enquadrar a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD).

O Secretário-Geral da FNE, Pedro Barreiros, destacou que “agora vamos finalmente avançar para a negociação, temos pela frente muito trabalho”, sublinhando alguns aspetos relevantes relativamente à versão final do documento que irá orientar o processo negocial.

Uma das alterações consideradas importantes pela FNE foi acolhida pela tutela: a possibilidade de que, ao longo das negociações, possam ser introduzidas outras matérias, melhorando assim a redação apresentada inicialmente que restringia essa inclusão às matérias identificadas no início do processo negocial.

Algumas das matérias já identificadas pela FNE, apresentadas nas propostas enviadas ao MECI e que a Federação pretende ver incluídas no processo negocial, em conformidade com o disposto no n.º 2 do Art.º 2.º do Protocolo de Acordo assinado, abrangem aspetos essenciais, tais como: o reposicionamento e a correção das ultrapassagens na carreira; a revisão da idade e das condições de aposentação, designadamente através da criação de um regime especial; a revisão em alta dos índices remuneratórios; a definição de uma política de compensação salarial, fiscal e de apoios; a equiparação do topo da carreira docente ao topo da carreira técnica superior da Administração Pública; e, ainda, a necessidade de assegurar transparência, clareza e objetividade no articulado normativo, de modo a garantir um diploma compreensível e corretamente aplicado pela administração educativa, prevenindo situações de litigância que prejudicam o funcionamento do sistema e o bem-estar dos docentes.

A FNE registou positivamente a disponibilidade do MECI em apontar como data previsível de conclusão do processo negocial o ano de 2026, de modo a permitir que a publicação do novo ECD possa entrar em vigor em 2027.

O Protocolo negocial acordado, para a revisão do Estatuto da Carreira Docente, estabelece como objeto da negociação a negociação dos seguintes temas:

- Perfil geral do/a docente; direitos, deveres e garantias;
- Habilitação para a docência, recrutamento e admissão;
- Formação e desenvolvimento profissional;
- Organização do tempo de trabalho;
- Condições de trabalho;
- Revisão da estrutura da carreira docente e do estatuto remuneratório;
- Modelo de avaliação de desempenho.

A primeira reunião no âmbito deste processo negocial foi já agendada para o próximo dia 5 de dezembro 2025.

A FNE reiterou a sua total disponibilidade e determinação para que este processo resulte na valorização efetiva da profissão docente e na construção de um Estatuto que responda às necessidades das escolas, dos profissionais e do sistema educativo.

Neste contexto, a FNE e os seus sindicatos reafirmam a intenção de promover o maior número possível de reuniões, consultas, encontros e mecanismos de auscultação junto dos docentes, garantindo que as contrapropostas apresentadas são sólidas, representativas e verdadeiramente alinhadas com as expectativas e necessidades da profissão. Só com um processo participativo e ancorado na realidade das escolas será possível construir um ECD que seja um instrumento efetivo de valorização social e salarial, capaz de atrair jovens para a docência, motivar os profissionais no ativo e recuperar o prestígio social da carreira docente.

A FNE acredita firmemente que este é um momento de oportunidade. Com diálogo sério, com determinação e com a participação dos docentes, será possível alcançar um Estatuto mais justo, moderno e valorizador. É com esperança e confiança que a FNE encara este processo negocial, certa de que juntos construiremos um futuro mais digno para a educação e para quem a faz acontecer todos os dias.

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Wed, 19 Nov 2025 00:00:00 +0000
<![CDATA[Primeira reunião entre a FSUGT e a CNEF sobre o novo CCT]]> https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10837 https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10837
Realizou-se hoje, 19 de novembro de 2025, em São João da Madeira, a primeira reunião entre a Frente Sindical da UGT (FSUGT) e a CNEF, dando início ao processo de negociação do novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), cuja vigência está prevista entre 1 de setembro de 2026 e 31 de agosto de 2028.

No âmbito das matérias em negociação, foram abordadas questões centrais como a criação de um novo nível remuneratório na Tabela A, os tempos de permanência em cada nível, a recuperação integral do tempo de serviço no ensino profissional e artístico, as condições de trabalho e o subsídio de alimentação.

Foram igualmente discutidas as Tabelas B, K e P, bem como as tabelas e estruturas remuneratórias dos trabalhadores não docentes.

A principal divergência registada nesta reunião prendeu-se com os constrangimentos apresentados pela CNEF relativamente aos aumentos salariais no ensino profissional e artístico. A CNEF justificou esta limitação com a forte dependência destes setores do financiamento estatal, que, segundo referiram, não tem sido atualizado há mais de uma década.

Relativamente ao CCT atualmente em vigor, foi consensual a necessidade de proceder à sua revisão, clarificação e simplificação, tanto no que respeita às matérias pecuniárias como às não pecuniárias.

A FSUGT considera que, apesar de a proposta apresentada pela CNEF ser ainda insuficiente e, em alguns aspetos, bastante distante daquela que a frente sindical apresentou, foram dados passos positivos e registados sinais de abertura de ambas as partes para a procura de soluções equilibradas.

A próxima ronda negocial terá lugar no dia 4 de dezembro, em Lisboa, ficando ambas as partes de apresentar novas propostas até à data.


FNE, 19 de novembro de 2025

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Wed, 19 Nov 2025 00:00:00 +0000
<![CDATA[Faleceu Natércia Cardeano ex-Presidente do SPZN]]> https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10835 https://fne.pt/pt/noticias/detail/id/10835

Maria Natércia Cardeano Pedrosa, Presidente do SPZN entre janeiro de 1997 e outubro de 1998, faleceu em 18 de novembro de 2025, deixando mais pobre a memória do sindicalismo nacional da educação.

Professora efetiva do Quadro Geral do 1º Ciclo, Natércia Cardeano destacou-se também como dirigente da FNE, envolvendo-se nas maiores reivindicações da altura, em prol dum sindicalismo democrático de negociação.

Natércia Cardeano detinha um Diploma de Estudos Superiores Especializados em Educação e Sindicalismo (1993) e como formadora, exerceu uma atividade de relevo, quer no ISET – Instituto Superior de Educação e Trabalho, quer no Centro de Formação do SPZN (1984-92), assim como no papel de animadora pedagógica do concelho de Matosinhos nos meses de setembro de 1975 a 1979.

Foram várias as áreas de formação em que trabalhou. Entre outras destacamos a Avaliação Educativa, Administração Escolar, Planificação e Programação de Métodos de Leitura, Processo de Tomada de Decisão, Projeto Educativo ou Legislação Escolar.

Natércia Cardeano foi acompanhante da prática pedagógica do Curso de Complemento de Habilitações para Professores do 1º Ciclo do Ensino Particular (1986 – 1987) e membro do Grupo da DGEP para elaborar o diploma de regulamentação de cursos de formação de educadores. Publicou ainda um livro de leitura e cadernos auxiliares para o 1º ciclo.

Recordamos hoje com intensa saudade a celebração dos 50 Anos do SPZN, em 30 de abril de 2024, no Auditório do sindicato, no Porto, em que a sua presença e o seu legado foram homenageados, nomeadamente na Conferência “Meio Século”.

O SPZN tinha sido criado na noite de 29 para 30 de abril de 1974, da vontade dos professores se unirem em redor de uma educação de qualidade para todos. A professora Natércia Cardeano fez parte dessa viva vontade. A ela devemos o nosso mais que merecido reconhecimento, que saberemos preservar no futuro.

Natércia Cardeano era natural de Campelo, Baião, onde nasceu em 28 de setembro de 1943.

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Wed, 19 Nov 2025 00:00:00 +0000