Revisão da Educação Inclusiva em Portugal da OCDE cita Consulta Nacional da FNE 2019

8-4-2022

Revisão da Educação Inclusiva em Portugal da OCDE cita Consulta Nacional da FNE 2019

Na sua recente publicação Revisão da Educação Inclusiva em Portugal, de 23 de março de 2022, a OCDE cita a Consulta Nacional Educação Inclusiva 2019 da FNE. Além de contribuir com esta publicação, o Grupo Consultivo da FNE em Educação Inclusiva participou em duas audições a pedido dos especialistas da OCDE, uma em 22 de janeiro de 2021, a segunda em 11 de novembro do mesmo ano. Nestas duas audições participaram pela FNE Alcino Silva, Fátima Carvalho, Joaquim Santos e José Carlos Lopes.

O relatório Revisão da Educação Inclusiva em Portugal fornece, numa perspetiva internacional, uma análise das principais questões relativas à diversidade, equidade e inclusão na educação em Portugal, iniciativas de política educativa atuais e possíveis abordagens futuras. O relatório tem três objetivos essenciais: 1) fornecer perceções e conselhos às autoridades educativas portuguesas; 2) ajudar outros países a compreender a abordagem portuguesa à Educação inclusiva; e 3) fornecer subsídios para análises comparativas do projeto da OCDE Força Através da Diversidade.

O âmbito de análise do estudo abrange o ensino primário (incluindo o 1.º e o 2.º ciclo do ensino básico) e ensino secundário (incluindo 3º ciclo do ensino básico e secundário superior) e a análise no relatório centra-se em quatro áreas: 1) governação e financiamento da educação inclusiva; 2) reforço da capacidade; 3) intervenções ao nível da escola e 4) monitorização e avaliação. A Revisão da Educação Inclusiva em Portugal é do interesse de Portugal e outros países que buscam melhorar a equidade e a inclusão nos seus sistemas educativos.

A OCDE apresenta quatro recomendações para fortalecer as respostas em nível escolar para promover a equidade e inclusão. Embora tais recomendações sejam de grande alcance, elas podem ser introduzidas como parte da próxima fase do processo de reforma em Portugal. As recomendações dizem respeito a: 1 - Introduzir um programa de aprendizagem profissional focado na promoção de práticas inclusivas em sala de aula; 2 - Formular orientações claras sobre o uso de recursos de apoio dentro das escolas e comunidades; 3 - Assegurar que existe uma estrutura coordenada de apoio local às escolas e agrupamentos escolares na promoção da equidade e inclusão; e 4 - Fortalecer as estratégias de monitorização e avaliação das práticas de educação inclusiva em nível local e escolar.

Recorde-se a propósito que A Consulta Nacional Educação Inclusiva 2019 da FNE já apresentava um conjunto de reivindicações para alteração do Decreto-Lei nº 54/2018 de 6 de julho, sobre Educação Inclusiva.