Incerteza está a marcar o futuro dos docentes do EPE

21-7-2015

Incerteza está a marcar o futuro dos docentes do EPE
A rede horária para o próximo ano letivo do Ensino de Português no Estrangeiro (EPE) ainda não foi divulgada e por isso os docentes do EPE vivem, mais uma vez, um extraordinário clima de incerteza face ao futuro.

Na verdade a maioria dos docentes do EPE foi de férias sem qualquer conhecimento sobre os horários que os espera no próximo ano, num procedimento que apesar de habitual representa um desrespeito relativamente à situação destes professores.

No caso da Alemanha, onde os docentes vão de férias mais tarde, já foram conhecidos os horários do próximo ano e divulgadas algumas surpresas desagradáveis. É o caso da redução horária para deslocações, prevista na lei, que não foi concedida de forma igualitária a todos os docentes que reúnem as condições exigidas para beneficiar desta compensação.

O Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL) lamenta ainda que na concessão de horas letivas o Instituto Camões não tenha em linha de conta a qualidade do ensino, ignorando as exigências específicas de cada nível e prejudicando os alunos.

O SPCL critica igualmente a interpretação desadequada que o Instituto Camões faz dos níveis do Quadro de Referência das Línguas Europeias, reduzindo os doze níveis linguísticos previstos para apenas cinco, traduzindo-se numa forte penalização dos alunos que frequentam o EPE, uma vez que esta redução não se coaduna com as necessidades pedagógicas de crianças e adolescentes.